Reinaldo

Prisão de Delcídio do Amaral pode ser recado para Cunha, Collor e outros políticos investigados na Lava jato


Especulações à parte ou fatos concretos que vão surgindo remetem a ação da PF como um aviso ao Deputado Eduardo Cunha e o também Senador Fernando Collor de Melo, o primeiro se agarra como pode ao cargo de Presidente da Câmara dos Deputados para impedir investigações e ações que o prejudiquem de alguma forma. Collor vem sendo investigado também e faz de tudo para parecer um injustiçado, ao mesmo tempo que não perde a oportunidade de se indispôr com o PGR, Rodrigo Janot.

O que se sabia no início da manhã sobre o motivo da prisão do senador Delcídio do Amaral (PT) era que o Supremo Tribunal Federal (STF) havia autorizado a detenção por indícios de que o petista estaria atrapalhando as investigações da Lava Jato, agora, três horas depois da prisão inédita de um senador da República, informações mais concretas são confirmadas. A suspeita é que Delcídio tenha oferecido fuga a Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, e o pressionado a não fazer delação premiada.

Delcídio foi preso por tentar dificultar a delação premiada de Cerveró sobre uma suposta participação do senador em irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo investigadores, Delcídio chegou até a oferecer fuga a Cerveró, para que o ex-diretor não fizesse a delação premiada, o que reforçou para as autoridades a tentativa do petista de obstruir a Justiça.

A prova da tentativa de obstrução é uma gravação feita pelo filho de Cerveró que mostra a tentativa do senador de atrapalhar as investigações e de oferecer fuga para o ex-diretor não fazer a delação. A ideia era fazer com que Cerveró fugisse para o Paraguai. 

PRISÃO

A prisão do senador Delcidio do Amaral foi decidida na tarde de ontem pelo ministro Teori Zavascki, que analisa a Operação Lava Jato. O pedido tramita em segredo de Justiça. Nesse momento, desde as 9h, a 2. Turma do STF decide se referenda a decisão de ordem de prisão preventiva dada por Teori Zavascki.

Nesse momento, desde as 9h, a 2ª. Turma do STF decide se referenda a decisão de ordem de prisão preventiva dada por Teori Zavascki.

Além de Delcídio, também foram presos o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Rodrigues, um advogado que não teve o nome divulgado, e o dono do banco BTG Pactual, André Esteves. 

As prisões foram um pedido da Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As prisões de Delcídio e de Ribeiro são preventivas, que é quando não há data determinada para terminar. As demais são temporárias.
PF e MPF fazem buscas na casa, escritório e gabinete de Delcídio - Correio do Estado

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Questão Brasil - 09/04/2019

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