Sindicatos que não representam trabalhadores e defendem interesses de politicos ou partidos #ReinaldoCruz
Ah, agora entendi tudo. Critiquei aqui a nota bucéfala, absurda, estúpida mesmo, do Sindicato dos Jornalistas do Rio por ocasião do assassinato do cinegrafista Santiago Andrade. Em vez de pedir a prisão dos culpados, em vez de censurar os violentos, em vez de lastimar a ação dos bandidos que mataram Santiago, a entidade preferiu, vejam que coisa!, criticar as empresas de comunicação e o “estado brasileiro”. Não só isso.
Embora as provas materiais e uma confissão deixassem claro, sem sombra para dúvidas, a autoria do assassinato, o sindicato decidiu considerar essa questão irrelevante. Sua nota começa assim: “Independentemente de onde tenha partido o artefato explosivo que feriu gravemente o repórter cinematográfico Santiago Ilídio Andrade, que trabalha na TV Bandeirantes (…)”
Com todo o respeito aos meus colegas do Rio, continuar filiado a uma entidade como essa é rebaixar-se moralmente.
Tudo explicado
Mas está tudo explicado. O sindicato é presidido por uma senhora chamada Paula Máiran, que já foi assessora do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e coordenadora de sua campanha à Prefeitura do Rio em 2012. Na verdade, ela é uma militante da legenda.
O PSOL é o partido de Freixo, aquele para quem a já notória Sininho (Elisa de Quadros Pinto Sanzi) ligou em busca de assistência jurídica para um dos assassinos de Santiago. Segundo o advogado de Fábio Raposo, ela lhe teria dito que os dois rapazes seriam ligados a Freixo, o que o deputado nega, é claro!
Parece que as afinidades eletivas explicam a nota asquerosa e covarde do sindicato — que, dados os termos em que se manifestou, não serve, obviamente, à categoria, mas a um grupo político.
Por Reinaldo Azevedo - Revista Veja
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http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/files/2014/02/Paula-M%C3%A1iran.jpg
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