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Rio organiza ato público contra projeto que redistribui royalties do petróleo #QuestãoBrasil @Reinaldo_Cruz @QB_7 @qbtv


Governador  do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho 
Rio de Janeiro – Um ato público organizado pelo governo do estado do Rio, com o apoio da prefeitura da capital e de outras prefeituras do interior, além de entidades da sociedade civil, promete reunir hoje (10) milhares de pessoas contra o projeto de lei do senador Vital do Rego (PMDB-PB), que revê a distribuição dos royalties do petróleo, retirando recursos dos estados produtores em benefício de todas as unidades do país.

A concentração começará às 15h, na Igreja da Candelária, e a passeata seguirá pela Avenida Rio Branco, no centro da cidade, até a Cinelândia, tradicional palco de manifestações políticas. Com isso, o trânsito sofrerá alterações, pois diversas ruas do centro serão bloqueadas para veículos. A estimativa dos organizadores é que pelo menos 50 mil pessoas participem, podendo chegar a 100 mil.

Para garantir o grande número de manifestantes, as repartições estaduais e municipais vão liberar os funcionários mais cedo. Prefeituras do interior, principalmente dos municípios que recebem repasses provenientes do petróleo, decretaram ponto facultativo e alugaram ônibus para levar os manifestantes até a capital.

Parte do comércio também deverá fechar mais cedo, liberando os empregados que quiserem participar do ato público. Serviços públicos de transporte, como trem, barcas e metrô, não vão cobrar tarifa em determinados horários. Um palco montado na Cinelândia deverá receber, além de políticos locais, artistas e músicos, que vão se encarregar de garantir animação aos participantes.

Se o projeto aprovado no Senado passar pela Câmara dos Deputados, o Rio de Janeiro, maior estado produtor de petróleo, poderá ter prejuízos de até R$ 3,3 bilhões já no próximo ano, segundo números apresentados durante visita feita pelo governador Sergio Cabral à presidenta Dilma Rousseff em outubro.

A subsecretária estadual de Desenvolvimento e Energia do Rio, Renata Cavalcanti, considerou que a possível mudança na distribuição dos royalties poderá causar problemas graves no futuro. “É um processo de longo prazo que vai se refletir nas próximas gerações. Isso poderá ser uma perda permanente, com o agravante de que a produção de petróleo é algo que vai diminuindo. Os campos que estão hoje em produção têm vida útil de até 20 anos. O impacto estadual será muito sério, pois os royalties são usados para pagar a dívida com a União e para o Fundo do Meio Ambiente, utilizado principalmente em saneamento”, avaliou Renata.

A prefeita de Campos dos Goytacazes e ex-governadora do Rio Rosinha Garotinho classificou a possível perda de parte dos recursos provenientes da exploração do petróleo como geradora de verdadeiro caos social na região norte do estado, onde se concentra a produção. Ela deverá participar do ato público.

“Nós vamos perder 70% do orçamento. No ano que vem, eu perderia em torno de R$ 500 milhões. Isso significa uma quebradeira não só no município de Campos, mas em toda a região. Nós vivemos hoje, em grande parte, dos royalties. Se fosse fazer políticas públicas apenas com verbas obrigatórias enviadas pelo governo federal e mais o que se arrecada na nossa região, não teríamos como manter o investimento que hoje é feito na cidade, que ficaria pelo avesso”, disse Rosinha. Só este ano, Campos arrecadou R$ 1 bilhão em royalties e teve participação especial proveniente do petróleo.





Comentários

  1. A questão nao é o cabral. O governo federal nessa nova divisao aceitou perder muito pouco, enquanto do Rio tiraram grande parte da receita. Isso significa menos capacidade desses governos investirem.

    Quando o RJ terá um interior de economia forte como SP se com essa atitude, de uma canetada só, cidades do interior ficaram bem mais pobres? As pessoas precisam deixar de fazer politicagem e pensar grande.

    Esses recursos eram importantes para a economia de diversas cidades do Estado. Não adinta vir criticar o Cabral, porque isso poderia ter acontecido em qualquer gestão. Ele ainda ta segurando isso sem criar uma briga e piorar as coisas.


    Se fosse o Garotinho, os royalties já teriam sido tirados faz tempo. da primeira vez Cabral ainda conseguiu que o Lula vetasse essa lei. Com Garotinho, o lula teria assinado sorrindo. hehe

    Triste ver isso ser tratado com tanta politicagem pela internet. As pessoas pensam muito pequeno e querem mais é que tudo piore. Cabral tem conduzido isso de forma a nao fazer populismo e acho que está certo.

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Questão Brasil - 09/04/2019

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