Reinaldo

Investigação contra Baldy vai ao STJ após citação de vice-governador de Goiás e conselheiro do TCE

Uma decisão proferida pelo juiz eleitoral Wilson da Silva Dias, no último dia 28 de abril, levou a investigação da Lava Jato de caixa dois contra o ex-deputado federal por Goiás e presidente do Progressistas (PP) no Estado, Alexandre Baldy, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). O encaminhamento acontece após o vice-governador de Goiás, Lincoln Tejota, e seu pai, Sebastião Tejota, que é conselheiro do Tribunal de Contas de Goiás, serem citados por delatores em um suposto esquema na área da saúde junto a Baldy.
Conforme informou o delator Edson Giorno, na ocasião, o conselheiro Sebastião Tejota teria solicitado doações para a campanha do filho, Lincoln Tejota, atual vice de Goiás, que na época era candidato a deputado estadual. Em troca, o conselheiro do Tribunal de Contas teria se comprometido a ajudar a Pró-Saúde a receber pagamentos atrasados do governo.

A decisão de remeter o processo ao STJ se deve ao fato de Sebastião Tejota ter foro especial na corte. O encaminhamento também vem após o Ministério Público Eleitoral em Goiás pedir o arquivamento do caso por falta de provas contra Baldy. Baldy chegou a ser preso em agosto da ano passado por conta deste caso, mas foi solto um dia depois.

Em nota, os advogados do ex-deputado por Goiás, ressaltam o pedido do Ministério Público Eleitoral que “reconheceu a ausência de provas envolvendo Alexandre Baldy em qualquer suspeita de crime eleitoral”. Eles também alegam que não existem provas ou indícios de qualquer ato ilícito do político, que atualmente é secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo.

Também por meio de nota ao POPULAR, a assessoria do vice-governador Lincoln Tejota informou que ele desconhece as alegações das quais tomou conhecimento pela imprensa. "Não existe qualquer ação em curso que envolva o nome do vice governador e familiares, portanto não irá se manifestar a respeito."

Confira a nota na íntegra da defesa de Baldy

O Ministério Público Eleitoral em Goiás reconheceu a ausência de provas envolvendo Alexandre Baldy em qualquer suspeita de crime eleitoral, e a fragilidade dos depoimentos dos delatores, de forma que recomendou o arquivamento do inquérito por esses fatos. A defesa segue sustentando que não existem provas ou indícios de qualquer ilícito para além da palavra dos delatores que – segundo a lei – não é suficiente para a abertura de uma ação penal. As delações são tão frágeis que acusam até o pai de Alexandre Baldy de estar numa reunião, quando anos antes ele já tinha sofrido dois AVCs e sido declarado incapaz pelo serviço público.

Fonte: Investigação contra Baldy vai ao STJ após citação de vice-governador de Goiás e conselheiro do TCE 
NOTA da PRÓ-SAÚDE:
A Pró-Saúde informa que tem colaborado de forma irrestrita com as investigações e vem adotando ações para o fortalecimento de sua integridade institucional.

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Questão Brasil - 09/04/2019

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