Em um discurso emocionado, no último sábado, o líder norte coreano Kim Jong-un pediu desculpas à população por não ter cumprido as promessas de crescimento econômico do país. Ele atribuiu a crise aos embargos internacionais, à temporada de tufões e à pandemia do novo coronavírus, que obrigou a Coreia do Norte a fechar ainda mais suas fronteiras.
Enquanto o ditador se desculpa com o próprio povo, que sofre com a pobreza e restrições de direitos humanos, Kim Jong-un fortalece a imagem de líder carismático de uma potência militar, com ambições nucleares. E mantém suspenso o avanço das negociações para fortalecer os laços com a Coreia do Sul, depois de conquistas históricas em 2018.
Kim até ensaiou passos de reaproximação com o ocidente. Chegou a se encontrar com Donald Trump, mas a conversa ficou pelo caminho.
No Ao Ponto desta quinta-feira. o cientista político radicado em Seul Thiago Mattos, mestre em relações internacionais pela Uerj e pelo Instituto Coreano de Desenvolvimento, analisa de que forma o choro emocionado de Kim sinaliza o rumo de sua atual estratégia política. E conta como os sul-coreanos acompanham a evolução dos acontecimentos do outro lado da fronteira.
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