Entre os quatro alvos da Operação Spoofing, deflagrada na terça-feira 23, o que ostenta a biografia mais complicada é Walter Delgatti Neto, 30 anos, de Araraquara (SP). Conhecido como “Vermelho” por causa do cabelo e barba ruivos, Delgatti ostenta uma ficha com seis processos na Justiça paulista por crimes de estelionato, furto qualificado, apropriação indébita e tráfico de drogas, nos quais acumula duas condenações.
Estelionatário clássico, de estilo fanfarrão, ele já foi flagrado também andando com documentos falsificados, a exemplo de uma carteira de estudante de medicina da USP e uma de delegado da Polícia Civil de São Paulo, que Vermelho dizia usar para “pegar a mulherada”.
Em sua conta no Facebook, tinha fotos com um “leque” de ao menos vinte notas de 100 dólares e com um fuzil em um clube de tiro nos Estados Unidos. Em uma das vezes em que acabou detido, disse que era investidor e tinha uma conta na Suíça.
Poucos dias antes de ser preso pela PF, dirigia um Land Rover branco pelas ruas de Ribeirão Preto, onde passou a viver. A bordo do carrão, deixou pendurada em um posto de gasolina da cidade uma fatura de 200 reais.
Alegou ao frentista que o cartão de crédito não estava funcionando. Nunca mais voltou. Dizia cursar por lá a faculdade de direito em tempo integral na Unaerp, motivo pelo qual não lhe sobrava tempo para trabalhar. Ele realmente estudou no local, mas sua matrícula está inativa. E não há curso de direito em tempo integral na instituição.
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