Em coletiva na Granja Comary treinador da Seleção Brasileira evita pré julgar Neymar e reitera que ele é imprescindível
Técnico da Seleção e o coordenador técnico Edu, concedem entrevista coletiva ao vivo, direto da Granja Comary.
Um problema inusitado e que faz aumentar de alguma forma a pressão sobre o técnico Tite na disputa da Copa América, o treinador afirmou que Neymar, "tecnicamente, é imprescindível" para a Seleção e reconheceu a "importância da denúncia" de estupro contra o atacante. No entanto, o treinador afirmou que não vai se permitir julgar o caso. "Quando a gente fala imprescindível, isso não quer dizer insubstituível. É imprescindível pela qualidade no grupo. Mas insubstituível ninguém é, em lugar nenhum, em nenhum posto", completou o treinador em coletiva na Granja Comary.
Tite destacou que "é um assunto pessoal e tem um tempo para que as pessoas possam julgar os fatos". "O que posso passar é que são três anos que tenho de convívio com o Neymar, e os assuntos pessoais que tratamos foram leais e verdadeiros", disse. "Comigo, nas relações particulares, quando converso com o atleta, é muito pessoal. Sempre foi leal dessa forma. É um extraordinário jogador, não vou me permitir julgar", frisou.
O treinador teve que responder a pelo menos 19 perguntas relacionadas ao Neymar, sempre ressaltando que a seleção "está acima de todos nós". "O senso de equipe está acima de nós todos. Tenho uma série de responsabilidades, energia para gastar no que é importante, que é a preparação da equipe. Quero que vocês entendam que meu foco é a preparação para o jogo contra o Catar. Se ficar buscando, fazendo projeções, vai me consumir energia que vai me tirar do meu foco", advertiu.
Aos jornalistas ele negou que este seja o momento mais difícil de sua carreira e ponderou que não se sentiu agredido pela denúncia. "Não me agride porque foi assim durante a minha carreira toda, meu histórico me credencia. Situações disciplinares acontecem, e são sempre tratadas da mesma forma. O Adenor está acima do Tite. O Tite não vai engolir o Adenor. Eventualmente, ele pode ter um rompante de vaidade. Sou orgulhoso, mas não sou burro e tenho tempo de rodagem de saber que os meus valores estão muito bem calcados", ponderou.
Questionado se Neymar merece ocupar a atual posição pelos momentos recentes, que incluem uma agressão a um torcedor, o treinador afirmou que a situação mais recente "está contextualizada em cima de tudo que foi colocado". "De novo, falo para não fazer pré-julgamento. Deixar para as pessoas responsáveis. Estou focado no meu trabalho, numa Seleção que representa o país. Não temos os fatos claros. O tempo pode dar essas respostas todas", afirmou. Ele ainda considerou que o camisa 10 é um extraordinário jogador de futebol, com quem tem uma relação muito transparente e verdadeira.
Braçadeira de capitão
Há uma semana, Tite anunciou que a faixa de capitão na seleção brasileira mudará de braço. A responsabilidade ficará com Daniel Alves. "Quando conversei com Neymar, não disse para quem ia dar a braçadeira. No outro dia pela manhã, liguei para o Dani e disse que também queria conversar pessoalmente sobre a capitania. Já foi capitão. No meu sonho de ganhar a Copa do Mundo era o Dani que levantaria a taça. Ele disse: 'sei da responsabilidade'", afirmou o treinador, que "talvez, tudo é possível", pense em retornar a braçadeira para o atacante.
"Não sei, o que eu posso é definir o agora, senão ficamos falando em termos hipotéticos, e não é legal. Trabalhando com a condicional é difícil. Só gostaria de uma coisa: que vocês tivessem sensatez nas respostas, um livro é escrito num contexto todo. Nunca pedi arrego de crítica, mas a batalha que quero enquanto profissional é dar a informação correta. O resto é do jogo, faz parte, errar ou acertar", considerou.
Críticas a Neymar em 2012
Em uma partida do Campeonato Brasileiro de 2012, Tite, na época treinador do Corinthians, mostrou muita irritação durante a entrevista coletiva, após a derrota do seu time por 3 a 2 para o Santos, e criticou Neymar. O técnico voltou a comentar a polêmica e disse que "tinha enfrentado o Neymar sete vezes como adversário, não tinha tido convívio nenhum". "Hoje fico tranquilo de dizer que tenho três anos de convívio com ele. Há diferença entre 2019 e 2012, sete anos. Não vou ter sempre a mesma opinião. Não quero ser o cara que tem uma opinião há sete anos, não olhar o contexto e não mudar. Me permito mudar", enfatizou.
Edu Gaspar buscou assessoria para a CBF
O coordenador técnico da Seleção Brasileira de Futebol, Edu Gaspar, informou que não viu o vídeo no qual Neymar nega a acusação e expõe fotos íntimas da denunciante, mas comentou que, a partir do momento em que tomou conhecimento, pela importância do assunto, buscou assessoria jurídica para a instituição e para ele. "A ideia central, por eu não entender os processos que devo cumprir, é deixar a assessoria jurídica ao atleta, para a CBF, e centralizar as informações. A ideia seria a assessoria estar aqui para resolver o caso da melhor e mais breve forma possível para que o atleta esteja com a cabeça tranquila para a Copa América", explicou.
Tite destacou que "é um assunto pessoal e tem um tempo para que as pessoas possam julgar os fatos". "O que posso passar é que são três anos que tenho de convívio com o Neymar, e os assuntos pessoais que tratamos foram leais e verdadeiros", disse. "Comigo, nas relações particulares, quando converso com o atleta, é muito pessoal. Sempre foi leal dessa forma. É um extraordinário jogador, não vou me permitir julgar", frisou.
O treinador teve que responder a pelo menos 19 perguntas relacionadas ao Neymar, sempre ressaltando que a seleção "está acima de todos nós". "O senso de equipe está acima de nós todos. Tenho uma série de responsabilidades, energia para gastar no que é importante, que é a preparação da equipe. Quero que vocês entendam que meu foco é a preparação para o jogo contra o Catar. Se ficar buscando, fazendo projeções, vai me consumir energia que vai me tirar do meu foco", advertiu.
Aos jornalistas ele negou que este seja o momento mais difícil de sua carreira e ponderou que não se sentiu agredido pela denúncia. "Não me agride porque foi assim durante a minha carreira toda, meu histórico me credencia. Situações disciplinares acontecem, e são sempre tratadas da mesma forma. O Adenor está acima do Tite. O Tite não vai engolir o Adenor. Eventualmente, ele pode ter um rompante de vaidade. Sou orgulhoso, mas não sou burro e tenho tempo de rodagem de saber que os meus valores estão muito bem calcados", ponderou.
Questionado se Neymar merece ocupar a atual posição pelos momentos recentes, que incluem uma agressão a um torcedor, o treinador afirmou que a situação mais recente "está contextualizada em cima de tudo que foi colocado". "De novo, falo para não fazer pré-julgamento. Deixar para as pessoas responsáveis. Estou focado no meu trabalho, numa Seleção que representa o país. Não temos os fatos claros. O tempo pode dar essas respostas todas", afirmou. Ele ainda considerou que o camisa 10 é um extraordinário jogador de futebol, com quem tem uma relação muito transparente e verdadeira.
Braçadeira de capitão
Há uma semana, Tite anunciou que a faixa de capitão na seleção brasileira mudará de braço. A responsabilidade ficará com Daniel Alves. "Quando conversei com Neymar, não disse para quem ia dar a braçadeira. No outro dia pela manhã, liguei para o Dani e disse que também queria conversar pessoalmente sobre a capitania. Já foi capitão. No meu sonho de ganhar a Copa do Mundo era o Dani que levantaria a taça. Ele disse: 'sei da responsabilidade'", afirmou o treinador, que "talvez, tudo é possível", pense em retornar a braçadeira para o atacante.
"Não sei, o que eu posso é definir o agora, senão ficamos falando em termos hipotéticos, e não é legal. Trabalhando com a condicional é difícil. Só gostaria de uma coisa: que vocês tivessem sensatez nas respostas, um livro é escrito num contexto todo. Nunca pedi arrego de crítica, mas a batalha que quero enquanto profissional é dar a informação correta. O resto é do jogo, faz parte, errar ou acertar", considerou.
Críticas a Neymar em 2012
Em uma partida do Campeonato Brasileiro de 2012, Tite, na época treinador do Corinthians, mostrou muita irritação durante a entrevista coletiva, após a derrota do seu time por 3 a 2 para o Santos, e criticou Neymar. O técnico voltou a comentar a polêmica e disse que "tinha enfrentado o Neymar sete vezes como adversário, não tinha tido convívio nenhum". "Hoje fico tranquilo de dizer que tenho três anos de convívio com ele. Há diferença entre 2019 e 2012, sete anos. Não vou ter sempre a mesma opinião. Não quero ser o cara que tem uma opinião há sete anos, não olhar o contexto e não mudar. Me permito mudar", enfatizou.
Edu Gaspar buscou assessoria para a CBF
O coordenador técnico da Seleção Brasileira de Futebol, Edu Gaspar, informou que não viu o vídeo no qual Neymar nega a acusação e expõe fotos íntimas da denunciante, mas comentou que, a partir do momento em que tomou conhecimento, pela importância do assunto, buscou assessoria jurídica para a instituição e para ele. "A ideia central, por eu não entender os processos que devo cumprir, é deixar a assessoria jurídica ao atleta, para a CBF, e centralizar as informações. A ideia seria a assessoria estar aqui para resolver o caso da melhor e mais breve forma possível para que o atleta esteja com a cabeça tranquila para a Copa América", explicou.
Comentários
Postar um comentário