Reinaldo

Enquanto prefeitura divulga superávit, secretário afirma que não tem dinheiro para pagar data-base

Após ter sido convocado, o secretário de finanças do município, Alexandre Melo da Silva, compareceu à Câmara Municipal de Goiânia, na manhã desta quinta-feira, 30, para prestar esclarecimentos sobre o parcelamento e o índice aplicado à data base dos servidores municipais. As informações apresentadas pelo secretário foram repudiadas por sindicalistas e parte dos vereadores que estiveram presentes no encontro.
“O secretário insiste em pagar um índice inferior ao índice nacional que, inclusive, é historicamente é utilizado em Goiânia”, relatou o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindisaúde/GO), Ricardo Manzi. Em seguida, Manzi acrescentou que Alexandre “insiste também no parcelamento da data base de 2019”, o que, para ele, “traz prejuízo aos servidores municipais”.

Por sua vez, o diretor do Sindisaúde, Mauro Rubem, disse que a proposta da prefeitura — de reduzir o índice nacional (4,94%) para 4,67% , parcelado em duas vezes — gera um prejuízo para os trabalhadores e toda a atividade comercial de Goiânia. “Isso gera um prejuízo estimado em R$ 30 milhões. O comércio também será afetado. Portanto, queremos que a data base seja paga em uma única vez. Queremos que nossos salários possam valer o mesmo que valiam no ano passado”, pontuou.

A comissão foi presidida pela vereadora Sabrina Garcez (PTB). Ao Jornal Opção a parlamentar também questionou a contradição da prefeitura de Goiânia. “O secretário disse que, em relação ao índice, pode levar essa discussão ao prefeito, mas que referente ao pagamento retroativo e ao parcelamento, a prefeitura não tem condições de abrir mão. Ou seja, o prefeito divulga amplamente que temos um superávit de quase R$ 300 milhões, enquanto o secretário nos afirma que não tem dinheiro para pagar os servidores”, destacou.

Segundo sindicalistas, o vereador Oséias Varão (PSB) assumiu o compromisso de tentar discutir com o prefeito a possibilidade de rever o parcelamento. A resposta será dada a categoria na próxima segunda-feira, 3, um dia antes da primeira votação do projeto na Câmara Municipal.

Comentários

Assuntos

Questão Brasil - 09/04/2019

Questão Brasil