Reinaldo

Dívida do Comitê Organizador Rio 2016 chega a R$ 420 milhões sem previsão de pagamento

Olimpíada do Rio ainda tem um legado de dívidas e promessas não cumpridas. Com gastos R$ 7 bilhões acima do previsto, segundo o Ministério Público Federal, falta dinheiro para pagar dívidas – ainda nem calculada – e conseguir cumprir os compromissos assumidos. Promessa dos Jogos, a Floresta dos Atletas não teve sequer uma muda plantada.
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A dívida do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 chegou a R$ 420 milhões, de acordo com último levantamento contábil feito pela entidade e apresentado a entidades que têm alguma relação com o órgão. O diretor-executivo do comitê, Ricardo Trade, mais conhecido no meio esportivo como Baka, confirmou à reportagem o valor.

O débito atual representa um aumento considerável em relação à aferição feita ao final de 2017. Na época, o comitê fechou o exercício com uma dívida de R$ 267,8 milhões, de acordo com um relatório de auditoria independente ao qual o GloboEsporte.com teve acesso. O Rio 2016 teve um orçamento superior a R$ 8 bilhões para realizar a primeira Olimpíada já feita na América do Sul.

O fornecedor que mais tem a receber é a multinacional francesa GL Events, que providenciou estruturas temporárias. Em agosto, reportagem do GloboEsporte.com apontou que a empresa ainda tinha que recuperar R$ 52 milhões em contratos não pagos pelo comitê organizador.

A situação ganha ainda mais contornos dramáticos porque o Rio 2016 não tem fontes de renda para amortizar a dívida. Atualmente, tem em seus quadros menos de dez funcionários.

Quando o comitê foi fundado, após a escolha em 2009 do Rio como sede olímpica, caberia aos governos federal, estadual e municipal arcar com eventuais dívidas. Antes da Olimpíada, houve uma mudança em lei que tirou o governo federal da obrigação. Portanto, o governo do estado e a Prefeitura do Rio deveriam cobrir o rombo. Ambos, porém, vivem caos financeiro e já disseram que não devem ajudar a cobri-lo.





O Comitê Rio 2016 alega que a Prefeitura não honrou acordo, assinado em 2016, para que repassasse R$ 150 milhões a fim de realizar o evento. A maior parte do total não foi dada.

Uma outra alternativa seria pedir ao COI (Comitê Olímpico Internacional) que saldasse os compromissos não honrados. A entidade internacional, até o momento, não demonstrou interesse em fazê-lo.

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Questão Brasil - 09/04/2019

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