Única preocupação é com o dinheiro? Secretaria de drogas troca políticas socais por foco nos bens do crime

A descriminalização das drogas em países do chamado primeiro mundo como Canadá, Holanda e alguns estados americanos teve como meta tirar das mãos dos traficantes um negócio que movimenta bilhões por ano. Lá a fiscalização rígida e as leis específicas garantem que os entorpecentes, em geral maconha, não vão circular livremente entre os jovens e as crianças.
No Brasil este tema também está no centro das discussões sobre a segurança pública, e assim como acontece no mundo o debate está muito centrado na relação entre a violência e o tráfico de drogas. As alternativas para lidar com as drogas ilícitas e o aparato ilegal que garante o seu comércio vão da repressão à legalização e são alvo de acaloradas discussões.
Luiz Beggiora foi nomeado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, como o responsável pela Senad (Secretaria
Nacional de Políticas sobre Drogas). Em uma entrevista recente ao Portal UOL, no entanto, o secretário falou pouco sobre drogas. Alinhado com a proposta de Sérgio Moro, o foco de seu trabalho está voltado à gestão dos bens apreendidos do tráfico e parece não ter nenhuma preocupação com o lado social da questão.
Nacional de Políticas sobre Drogas). Em uma entrevista recente ao Portal UOL, no entanto, o secretário falou pouco sobre drogas. Alinhado com a proposta de Sérgio Moro, o foco de seu trabalho está voltado à gestão dos bens apreendidos do tráfico e parece não ter nenhuma preocupação com o lado social da questão.
O mercado internacional de cocaína movimenta bilhões de dólares anualmente e, no Brasil, alimenta todo tipo de violência, o crime organizado é patrocinador da falência do estado na área se segurança pública e são invariavelmente as facções que comandam o comércio de drogas no país, inclusive de dentro dos presídios. Comunidades vulneráveis controladas por traficantes se transformam em áreas de alta criminalidade.
— Por ser uma substância ilícita que tem uma demanda permanente e crescente, e por ser altamente rentável, esses grupos brigam entre si pelo monopólio de áreas e geram todas as cenas de violência que a gente observa — observou Andrea Gallassi, pesquisadora do Centro de Referência sobre Drogas e Vulnerabilidades Associadas da Universidade de Brasília (UnB), em entrevista à Rádio Senado.
Mara Luquet entrevista o Dr. Drauzio Varella no Brazil Forum Uk. Eles conversaram sobre a descriminalização das drogas, violência e a população carcerária.
Mara Luquet entrevista o Dr. Drauzio Varella no Brazil Forum Uk. Eles conversaram sobre a descriminalização das drogas, violência e a população carcerária.
Comentários
Postar um comentário