Depois de Messi deixar a Seleção Argentina, Tata Martino também cai fora e a debandada pode ser geral

A hora é propícia para ouvir, aliás, não tem hora melhor, prestar atenção nas mensagens emitidas, filtrando e colocando na balança prós e contras na hora de acolher um projeto para defender como se fosse seu. É importante que o eleitor saiba quem é o pré-candidato, seus apoiadores e sua história de vida pública e privada. Idéias precisam ser realistas, palatáveis em face de atender as demandas da cidade, compreensíveis do ponto de vista de execução, precisa ter em sua essência a consistência suficiente para seduzir, encantar a maioria e jamais ludibriar aqueles que acreditaram nelas quando apresentadas na campanha e que serão engavetadas sumariamente após o pleito.

Outro dia usei este espaço, considerado democrático, para cobrar as propostas e projetos que via de regra deverão servir para solucionar, ou pelo menos amenizar, as muitas mazelas que atormentam a nossa gente. Houve manifestações interessantes, outras nem tanto, e na minha avaliação esta provocação do debate é positiva para este primeiro momento, já que as datas das convenções já estão chegando e os ditos "pré" passarão a ser de fato candidatos a uma cadeira no parlamento ou ser chefe do executivo.

A missão dos formadores de opinião que ocupam as redes sociais, Jornalistas ou não, é jogar o feixe de luz sobre questões comuns a toda sociedade. Sabemos que há muita gente boa de briga, com inegável carisma na disputa, mas em que pese tudo isso, na realidade não tem nenhum projeto concreto para apresentar ou uma bandeira para defender. 

E não adianta só gritar a plenos pulmões que tem entendimento disso ou daquilo se não conseguir convencer da consistência da ideia e as reais possibilidades de sua aprovação ou execução. Isso é preocupante ao meu ver, pois quase nunca debatemos estes assuntos antes do período eleitoral propriamente dito.

Goiânia e Região Metropolitana tem problemas crônicos, comuns a todos os municípios do entorno, as propostas, não só dos candidatos a vereador, mas também dos que almejam ser Prefeitos, precisam ter um viés que atenda sim os anseios da sua comunidade, ao tempo que estenda os benefícios propostos a todo cidadão que deles dependam... Os problemas de transporte publico e saúde são os mais delicados e constrangedores em qualquer um dos municípios, e muitas vezes escutamos soluções simplistas, como aumentar o número de médicos ou a quantidade de ônibus que tudo estará solucionado. Não será tão fácil assim, os problemas são bem mais complexos e o planejamento precisa ser bem elaborado para que tire a população do sofrimento e atenda de fato todas as cidades atendidas pelo sistema. 

O eleitor precisa saber de antemão se há como o poder público exigir o cumprimento do contrato de concessão do transporte publico, se existe a possibilidade de revogar a concessão de todas as empresas que atuam no sistema ou pelo menos daquelas que relutarem em investir na melhoria do sistema, como foi acordado lá atrás, parece um assunto absurdo para tratarmos aqui, mas penso que todos que querem ser representantes da população nas esferas de poder devem fazer o dever de casa e estudar desde já estas questões para ajudar a elaborar as propostas que poderão ser apresentadas logo que assumir a cadeira.

Já ouvi algumas colocações sobre Segurança Pública, na maioria delas há um claro desconhecimento dos pré-candidatos em relação as prerrogativas e limitações descritas na Constituição. É um problema que atinge a todos, é urgente, mas não há possibilidade de ser atacado em seu amago de forma imediata pelos Municípios. 

Qualquer um dos pré-candidatos que lançar esta ideia em suas propostas de campanha não devem ser levados à sério, porque isso não será possível se as mudanças na Legislação não vierem de cima para baixo e não o contrário.

Vamos continuar discutindo os temas, levantando as possíveis soluções e tentar ajudar os eleitores a identificar as melhores propostas, afinal de contas o voto certo em ideias que possam ser eficientes, beneficia toda população. O voto errado, dado apenas por alguém que torce na política, e por políticos, como se torce num Fla-Flu, pode transformar quatro anos em uma eternidade de lamentações.