Reinaldo

De contrato renovado e sem ligar para anel, Varejão diz: "Foco é a Olimpíada"

Ainda não será desta vez que a novela envolvendo Anderson Varejão e o anel de campeão da NBA referente à temporada passada terá um capítulo final. Se recentemente a imprensa de Cleveland divulgou que os Cavaliers não têm a intenção em procurar o brasileiro para homenageá-lo por sua participação em 31 dos 103 jogos da campanha vitoriosa da franquia de Ohio, o vice-campeão com o Golden State Warriors tampouco parece se importar com a decisão de seu antigo time. Questionado sobre o assunto após o treino desta quinta-feira, no ginásio da Hebraica, em São Paulo, o pivô da seleção brasileira foi econômico e direto na sua resposta. - Meu único pensamento é a Olimpíada, meu foco no momento é a seleção brasileira - afirmou Varejão, primeiro jogador da história a defender o campeão e o vice da NBA na mesma temporada. Mas um outra novela bem mais importante para a sequência da carreira do jogador chegou ao fim no início da noite de quinta-feira. Apesar de ter afirmado na última terça-feira que não tinha pressa em definir seu futuro, Varejão teve seu contrato renovado pelo Golden State Warriors por mais uma temporada e terá as companhias de Stephen Curry, Klay Thompson e Kevin Durant para tentar, enfim, conquistar seu primeiro título na NBA. Poupado da atividade comandada por Rubén Magnano na quinta-feira com dores nas costas, Anderson não preocupa. Segundo o treinador argentino, a ausência do pivô, que fez um trabalho regenerativo, já estava programada. Às vésperas de sua segunda Olimpíada, o vice-campeão da NBA destaca o desempenho do Brasil nas últimas competições importantes e aposta no torcedor brasileiro como diferencial da seleção no Rio.

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Apesar das ausências de Curry e LeBron, Varejão destaca o favoritismo dos Estados Unidos no Rio de Janeiro (Foto: Reuters)

- É um momento bom, provamos isso nas duas últimas competições internacionais, Mundial e Olimpíada. Fomos bem, mas por questões de detalhes, ali no finalzinho, acabamos perdendo os jogos. Ficamos em sexto e quinto. Mas sabemos que jogando em casa teremos o apoio da torcida. Respeitamos todo mundo, mas sabendo que podemos ganhar de qualquer um, já provamos isso antes - afirmou o pivô. Isso não quer dizer que Varejão esteja esquecendo dos americanos. Muito pelo contrário. Há 12 temporadas atuando no melhor basquete do planeta, o pivô de 33 anos sabe que apesar de virem ao Rio sem algumas de suas principais estrelas, como LeBron James, Chris Paul, Stephen Curry e James Harden, entre outros, os atuais campeões mundiais e olímpicos jamais deixarão de serem encarados como favoritos à medalha de ouro.

Apesar das ausências de dois líderes importantes do grupo que levou o Brasil de volta à Olimpíada após 16 anos e disputou os Jogos de Londres, o pivô Tiago Splitter e o ala-armador Marcelinho Machado, Varejão acredita que a maturidade adquirida nesse último ciclo olímpico coloca sua geração em condições de confirmar seu valor e finalmente subir ao pódio de uma competição de peso internacional.

Anderson Varejão lamenta a ausência de Tiago Splitter no grupo que defenderá o Brasil no Rio (Foto: Getty Images)

- Acho que estamos mais experientes e com mais bagagem que em Londres. Perdemos um líder como Marcelinho Machado e um cara como o Tiago Splitter, tão importantes para a seleção brasileira, mas precisamos acreditar em quem está aqui para fazer um grande trabalho. Sabemos que nossa experiência na NBA jogando contra caras que estarão aqui será importante, passaremos isso para o grupo. A mesma coisa vai acontecer com os caras que jogam na Europa, como o Augusto e o Benite, eles estão lá e sabem mais como os adversários jogam e até como são como pessoas. Os caras aqui do Brasil tem jogado com muita confiança e já fazem parte da seleção há muito tempo. Isso é positivo para o grupo e acho que nos treinos precisamos conseguir mais conjunto, porque nos conhecemos há muito tempo. É conseguir isso para fazermos uma grande Olimpíada - destacou Varejão, que não escondeu sua alegria em ver seu rosto estampado na capa do álbum da Olimpíada.  - Nunca esperamos isso, né! Quando comecei a jogar basquete não imaginava chegar onde cheguei, mas isso tudo é fruto de muito trabalho, dedicação e me sinto feliz e honrado por tudo que vem acontecendo na minha vida e na minha carreira. É a recompensa de um trabalho de muitos anos.
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Questão Brasil - 09/04/2019

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