Temer e o PMDB são governo? Crise política fomentada no Congresso tem Cunha do PMDB como fiador e a "única" proposta de solução veio de Renan do PMDB
Temer e o PMDB são governo? Crise política fomentada no Congresso tem Cunha do PMDB como fiador e a "única" proposta de solução veio de Renan do PMDB
Em política tudo é possível e no cenário brasileiro é prudente não duvidar de nada que se ouve por aí, claro que no âmbito das redes sociais é preciso ter um filtro para garimpar algumas verdades não tão secretas assim. A lealdade de Michel Temer já foi posta de molho na salmoura, mesmo levando em conta que o vice-presidente não disse nada que a população brasileira não tivesse conhecimento.
Má interpretação, declarações fora de contexto ou ditas de forma simples e direta; o mínimo que foi publicado das declarações de Temer é suficiente para que os bons entendedores liguem os pontinhos para enxergar nas entrelinhas que o PMDB quer se eximir da culpa pela crise atual, como se isso fosse possível, e ainda se beneficiar do flagelo que vive o governo Dilma. O trio nefasto da política brasileira no momento não é formado por Ronaldo Caiado, Aécio Neves e Agripino Maia, a nomenclatura forte é disfarçada no termo oposição, mas a realidade dos brasileiros é que os componentes deste trio estão longe de ser oposição e são de um único partido. O PMDB.
Se Dilma continuar a ver sua aprovação despencar e for mesmo impedida de governar, o principal beneficiado do impeachment será Michel Temer e consequentemente o PMDB do trio nefasto Temer, Renan e Cunha. Políticos experimentados em momentos de crises em vários sentidos da política nacional, Cunha, Renan e Temer tem a noção exata do estrago que o seu partido pode causar a nação quando o assunto é o poder, pois não basta ao PMDB apenas fazer parte do governo, o partido agora quer justificar o patamar de maior partido do Brasil e ter um governo de fato seu.
No picadeiro em que está se transformando o cenário político as pessoas observam a divisão do Brasil em situação e oposição, mas poucos tem a dimensão do que são capazes nossos ditos “representantes” para abocanhar cada vez mais fatias do poder, e o PMDB que sempre foi governo enxerga na fragilidade política de Dilma e principalmente do Partido dos Trabalhadores a chance de enfim o PMDB ser protagonista de um governo que poderá passar para história como sendo de fato seu.
Quando em sã consciência poderíamos imaginar que Renan Calheiros tivesse a capacidade de apaziguar uma crise de confiança e apresentar ao país uma agenda propositiva para encaminhar o Planalto por um caminho ameno diante das crises política e econômica que assolam o Brasil e põe a Presidente Dilma de joelhos diante do Senado da República. O que faz Renan no momento é controlar, sem apagar, os incêndios criados pelo seu partido na Câmara, através de Eduardo Cunha, enquanto Michel Temer tenta mostrar ao setor produtivo, classe política e sociedade em geral que a crise de confiança por que passa o governo só vai passar quando Dilma cair e ele for ungido ao posto de mandatário máximo do país.
A aproximação com grupos que defendem o impeachment de Dilma e a declaração de que ela não vai resistir aos baixos índices de popularidade por longos três anos, podem ter precipitado alguns lances no tabuleiro do poder, As falas do vice de Dilma vieram num momento em que o governo tenta lustrar a imagem do Ministro da Fazenda e contornar com a ajuda do Congresso o déficit anunciado para o orçamento de 2016, é sabido no meio político que Dilma detesta fazer política, mas é sabido também que este é o esporte preferido de Michel Temer e para concluir os planos da legenda ambos labutam em uma frente para que de alguma forma o governo não consiga estabilidade, seja no campo político, seja no campo econômico.
Prestigiado, mas sem voz ativa, Joaquim Levy hoje é visto apenas como o homem que propõe maldades contra a população, diante das propostas da agenda Brasil de Renan Calheiros, a figura de Levy foi diminuída a ponto de sua opinião nem ser levada em conta nas últimas decisões do Planalto.Confiança, lealdade e gratidão são artigos raros nos dias de hoje na sociedade, na política então é algo visto como um luxo que infelizmente é para poucos. A busca pelo poder transforma o aliado de hoje em potencial adversário de amanhã e vice-versa, Lula que foi muito contestado no passado foi persistente e alcançou o degrau mais alto do poder, viu a situação mudar e o número de puxa-sacos crescer substancialmente, com os constantes escândalos de corrupção desbaratados pela Polícia Federal e Ministério Público Federal voltou a ver a situação mudar radicalmente outra vez, não sendo raro ver quem antes lhe dava tapinhas nas costas e o cobria de elogios pedir a sua prisão por parte da Justiça Federal, acusando-o de ser o tal grande chefe de tudo que vem sendo revelado na operação Lava Jato ou teria sido apurado no Mensalão.
A lealdade de Michel Temer é questionada neste momento, mas poderia ter sido no início da crise política, ou mais adiante, uma vez que qualquer percalço que a Presidente Dilma Rousseff sofra em seu mandato que lhe cause desgaste e ressuscite a ideia de impeachment, o beneficiado será sempre o vice-presidente Michel Temer e por tabela a alta cúpula do PMDB. Aécio Neves quer limar de uma só vez Dilma e Temer, e para isso é necessário que o TSE impugne a chapa do PT/ PMDB, mas o infeliz Tucano além de não conseguir resultados imediatos em suas investidas, ainda acaba chamando a atenção para os próprios erros, afinal de contas no meio político é muito difícil que ninguém tenha cometido nenhum erro ou tenha tido um desvio de conduta ao longo da campanha ou de suas próprias vidas públicas.
As asinhas de Michel Temer acabaram aparecendo após sua aproximação com grupos que pedem a saída de Dilma e as suas declarações “sinceras” sobre o governo, mas nada republicanas para que faz parte dele. Traíra e oportunista foram os adjetivos mais brandos para classificar a postura do Presidente do PMDB, postura esta que serve para que o povo brasileiro tome conhecimento sobre quem pode assumir o comando do Brasil, caso as correntes contrárias a Dilma consigam afasta-la da cadeira de presidente por “n” motivos que são do conhecimento de todos.
As respostas que Michel Temer deu a sociedade, de forma voluntária ou por acidente, estão relacionadas ao porque vivemos uma crise política que por tabela respinga e agrava a crise econômica, não permitindo assim que as cabeças pensantes do meio e com poder decisão levassem suas ideias a convergir em soluções que amenizem ou solucione de vez os problemas da nação. Temer é o presidente do PMDB, mas nunca moveu uma palha para frear os ímpetos golpistas de Eduardo Cunha, uma vez que toda complicação produzida por ele dificultaria o encontro de soluções para o governo e consequentemente fizeram despencar os índices de popularidade da Presidente Dilma. Ele, Temer já surgiu mais de uma vez durante os imbróglios do Planalto com o Congresso Nacional como sendo o nome capaz de apaziguar a crise e serenar os ânimos, sempre deixando claro que ele é uma solução de partido, o PMDB, o que agora fica claro é que soluções podem aparecer desde que seja de interesse dele e do partido e não do país.
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