Morreu no Rio de Janeiro, aos 87 anos, o diretor de cinema e televisão Carlos Manga. Ele foi um dos mais criativos e influentes homens da TV brasileira.
O primeiro emprego do carioca José Carlos Aranha Manga foi como bancário, mas logo o jovem descobriu a paixão pelo cinema, onde fez roteiro, produção, montagem e trilha sonora antes de se tornar um dos principais diretores da era de ouro das chanchadas. Foram dezenas de filmes da Atlântida com Oscarito e Grande Otelo. Ao todo, foram 32 em toda a carreira.
Consagrado no cinema, Manga foi para a televisão. Na TV Globo, dirigiu programas históricos como "Chico Anysio Show" e "Os Trapalhões". Ele também esteve à frente de minisséries que marcaram época como "Agosto" e "Engraçadinha". Manga foi ainda diretor de núcleo e responsável pela produção de novelas.
Artistas que trabalharam com Carlos Manga dizem que o diretor era polêmico, envolvente e criativo. Para eles, o cinema e a televisão no Brasil devem muito ao talento de Manga.
"Ele me conheceu muito menina, com 18 anos. Isso faz muitos anos. E ele também foi uma das primeiras pessoas a me credibilizar como diretora. Eu queria aproveitar esse momento para agradecer a ele muito. Obrigada!", diz, emocionada, a atriz e diretora Cininha de Paula.
"O [Carlos] Manga sempre exigia não só de mim, mas como de outros. Exigia o que de melhor os atores, atrizes pudessem dar, o que de melhor a gente pudesse dar em uma coreografia, o que de melhor a gente pudesse dar em uma piada, ao contar uma piada em um programa humorístico. E ele era sempre muito cioso disso", conta o ator Milton Gonçalves.
"Eu tenho uma coisa boa. Eu lembro das coisas todas e são todas bonitas. Isso é legal. Eu lembro das coisas com beleza, com amor, com carinho, entende? Mesmo os erros também. E não tenho nada que eu tenha que omitir. Eu não tenho que esconder nada, entendeu? Nada. Graças a Deus", disse Carlos Manga em depoimento ao Memória Globo.
Hora 1 - Carlos Manga morre aos 87 anos no Rio de Janeiro
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