Reinaldo

Crise é só para o Cidadão | Senadores vão bater De carro zero em plena crise? Pode isso Arnaldo?

Em meio à discussão sobre corte de despesas no governo, senadores estão começando a circular com carro de luxo zero-quilômetro. Desde ontem todos os 81 senadores terão trocado o Renault Fluence usado por um Sentra novíssimo, que custa em torno de R$ 65 mil. Com a substituição da frota, o Senado vai reajustar em 6,5% o contrato de locação de veículos à disposição dos parlamentares. O custo do aluguel dos carros vai aumentar R$ 145 mil, passando dos atuais R$ 2,23 milhões por ano para R$ 2,37 milhões. Desde que a Casa Legislativa começou a alugar carros, em 2011, o contrato, que custava, inicialmente, R$1,9 milhão ao ano, já aumentou 23%.

Os veículos usados pelos senadores estavam rodando desde 2013. A troca a cada dois anos está prevista no contrato com a LM Transporte, que presta o serviço para a Casa desde 2011. Já é a quarta renovação com a mesma empresa. A LM fornece ao Senado um total de 128 veículos, sendo 81 modelo sedan médio voltados para os senadores, 41 caminhões, vans e utilitários para a administração, cinco veículos policiais, além de um carro para o presidente da Casa, Renan Calheiros.

Em nota divulgada, a presidência do Senado justifica que a renovação “apresentou-se vantajosa para a administração” e chega a ter custo 35% menor do que outros contratos de locação assinados por outros órgãos públicos federais. Também apontou que, antes da renovação, em fase final de assinatura, foi feita pesquisa de preços que verificou que valores para a locação de veículos similares estavam 45% superiores ao pago pela Casa Legislativa. Segundo a assessoria, a troca dos carros não representa custo ao Senado.

Desde 2011, o sistema de funcionamento da área de transportes do Senado mudou. Até então, a Casa mantinha frota própria. Os carros, que tinham, em média, oito anos, foram leiloados em 2012 por R$ 1 milhão, dinheiro revertido aos cofres públicos. O modelo foi substituído pelo aluguel, passando para a locadora a responsabilidade pela manutenção, seguro e documentação dos veículos. A presidência justifica que a mudança já representou economia de R$ 2,6 milhões.

Além do aluguel do veículo, cada senador ainda tem direito a 300 litros de gasolina ou 420 litros de álcool por mês. A cota é usada para rodar apenas no Distrito Federal. Gastos com combustível nos estados podem ser custeados com recursos da verba indenizatória. Os parlamentares também são autorizados a contratar um motorista para ocupar cargo comissionado, com salário de R$ 3.707,79. O presidente do Senado também tem o benefício de mais dois veículos, atualmente, um Hyundai Azera, que custa em torno de R$ 150 mil.
De carro zero em plena crise | Política: Diario de Pernambuco



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Questão Brasil - 09/04/2019

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