Reinaldo

Rodrigo Janot e Joaquim Barbosa dizem que não vai ter golpe

A reação da mídia tucana foi imediata, no sentido de insinuar que a decisão de Janot se deve à sua recondução à Procuradoria Geral da República pela presidente Dilma. Em uníssono, os grandes órgãos de imprensa fizeram tal insinuação. A Folha de São Paulo, por exemplo, escreveu isso em reportagem sobre a decisão de Janot quanto à investigação da campanha da presidente:

“As críticas [de Janot a Gilmar Mendes] foram feitas na semana seguinte à indicação da presidente para sua recondução [de Janot] como procurador-geral e num momento em que a Justiça Eleitoral discute a abertura de ações que pedem a cassação dos mandatos de Dilma e seu vice, Michel Temer”

Para essa insinuação absurda – afinal, Janot, ao lado de Sergio Moro, tem sido implacável com o PT – nada melhor do que buscarmos uma opinião acima de qualquer suspeita como a do carrasco-mor do PT no julgamento do mensalão, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa.

Mas a parte mais surpreendente da fala de Barbosa vem agora:

“Impeachment é uma coisa muito séria que, se levado a cabo, a gente pode saber como começa, mas não sabe como termina. É um abalo sísmico nas instituições”

O que poderia restar de esperança ao golpismo seria o Congresso – liderado por Eduardo Cunha e sua tropa de peemedebistas revoltosos – unir-se ao PSDB e a outras legendas de oposição e montar alguma farsa para cassar Dilma, mas o posicionamento firme do capital (bancos, grandes empresários) contra o golpe – por motivos próprios, pois teme derrocada imprevisível da economia – torna praticamente inviável as pretensões golpistas.
Rodrigo Janot e Joaquim Barbosa dizem que não vai ter golpe | Brasil 24/7


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Questão Brasil - 09/04/2019

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