Reinaldo

Juiz Sérgio Moro, o paranaense que tem o presente e o futuro do Brasil nas mãos

Após hum Ano e meio depois do início da Operação Lava jato, muita coisa mudou, menos o Juíz Federal Sérgio Moro, que até alcançou o protagonismo na esfera midiática, protagonismo este que outrora esteve com o então Ministro do STF Joaquim Barbosa, e assim como Barbosa, Moro também não se deixou seduzir pela vaidade, apesar da população ter se encantado por seu trabalho realizado à frente da ampla frente de combate aos atos de corruptos e corruptores investigados pela Lava Jato.

O Ministro Joaquim Barbosa conduziu o julgamento do Mensalão do PT e teve seu nome ovacionado pelas ruas do Brasil, os mais exaltados chegaram a pedir que ele se candidatasse a algum cargo político ainda em 2014. Bem capaz que ele teria dado um trabalho danado aos políticos tradicionais que fazem da política o seu meio de vida.

Sérgio Moro também já sentiu o gostinho deste apoio de norte à sul do país, mesmo que não tenha saído de Curitiba pelos rincões deste país. O principal responsável pela investigação ao esquema de corrupção em torno da Petrobras, o juiz federal do Paraná já se acostumou às manifestações espontâneas de apoio e incentivo para que ele não fraqueje e  siga até o fim. 

Sérgio Moro é frequentemente aplaudido na rua, quando vai a restaurantes, no supermercado e em salas de embarque de aeroportos. 

Aos 42 anos de idade, Sérgio Fernando Moro, um dos maiores especialistas em crimes financeiros e de colarinho branco no sistema judicial do país, está transformado, aos olhos da opinião pública brasileira, no rosto do combate à corrupção, uma publicação portuguesa o comparou ao procurador norte-americano Eliot Ness e o coloca em meio a outros personagens da galeria de famosos intocáveis e insubornáveis que não se amedrontam perante o crime organizado, o dinheiro ou o poder. 

O Brasil sempre foi considerado, ou vendido, o país do futuro, mas que sempre esteve em volto com atos de corrupção, a população vive um mixto de estarrecimento e ingenuídade, pois ao mesmo tempo em que se vê surpresa diante de esquemas que surrupiam este futuro, continua elegendo e reelegendo os mesmos políticos suspeitos de maus feitos, e apesar de muitos deles terem 3, 4, ou mais mandatos, seus serviços prestados a sociedade são minímos, já que a maioria trabalha mesmo é para sí mesmo. 

A revista Época já disse que Sérgio Moro, um juiz de primeira instância, é atualmente o homem mais poderoso – e seguramente o mais temido – do Brasil. “Nenhum gabinete concentra tanto poder neste momento no Brasil quanto aquele no 2º andar da Avenida Garibaldi, 888. É de lá que despacha Sérgio Moro, o cérebro e centro moral da Lava Jato. A operação, na verdade, envolve dezenas de procuradores da República, delegados e agentes da Polícia Federal, equipes na Procuradoria-Geral da República, em Brasília, além do juiz do Supremo Teori Zavascki. Todos têm poder para definir, em qualquer tempo alguma medida, os rumos das centenas – isso, centenas – de casos de corrupção investigados na Lava Jato. Alguns casos tramitam em Brasília, aqueles que envolvem políticos com foro privilégiado. Mas a maioria fica em Curitiba e de lá não sai”, assinala a revista. Moro possui “virtudes raríssimas” para liderar a investigação, continua a Época: “Preparo jurídico, pensamento estratégico, inflexibilidade de princípios, coragem moral e disciplina de trabalho. Entra cedo, sai tarde e prossegue na lida mesmo de casa”, garante a revista. 

A IstoÉ, que o elegeu a Personalidade do Ano de 2014, destaca o seu “estilo reservado e hábitos simples”. “Moro faz parte de uma rara safra de juízes que encaram a magistratura como profissão de fé”.

Outras virtudes e traços distintivos de carácter que vêm assinalados em todos os perfis escritos sobre o juiz federal desde que assumiu o protagonismo na operação que está deixando o Brasil em polvorosa: a humildade e até uma certa timidez, que sustentam a sua aversão à exposição pública e a sua quase obsessiva reserva da vida privada; o entusiasmo, energia e invulgar capacidade de trabalho que o distinguem ou ainda a total independência e ausência de aspirações políticas, que o terão levado a recusar uma promoção a desembargador.
Sérgio Moro, o juiz de Curitiba que tem o futuro do Brasil nas mãos - PÚBLICO


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Questão Brasil - 09/04/2019

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