Reinaldo

Ele trabalha para salva ou afundar o Governo? Michel Temer se apresenta como solução política em eventual saída de Dilma

Geralmente o vice presidente não tem peso considerado no Governo e a maioria na história da República Federativa do Brasil costumaram a permanecer apenas nos bastidores do poder. Claro que um eventual momento de crise, como o que estamos vivenciando, leva os especialistas a considerar a figura do Vice, uma vez que se a Presidente for impedida de continuar governando, o vice será chamado para continuar o mandato.

Michel Temer, experiente, articulado e um dos políticos mais habilidosos neste período de redemocratização do Brasil, convocou a imprensa para mandar a letra a quem de fato interessa num momento de turbulência economica. Os empresários, o setor produtivo e claro, a oposição.

A reunificação do Brasil diante da grave crise entre Planalto e Congresso, passando pela participação da sociedade, o vice Presidente deu uma cartada de Mestre, mostrando mais uma vez sua habilidade política e apresentando suas credenciais para assumir o país num eventual impedimento da presidente Dilma Rousseff, ainda que ele negue em público tal objetivo.

Ás vesperas de uma semana de manifestações e protestos contra o governo, Temer convoca a mídia para fazer um apelo em tom dramático para que os parlamentares não agravassem a crise econômica e afirmou que alguém teria que trabalhar pela reunificação do país. Não que situação não seja grave, não que crise não exista e nem possa complicar tudo no país, mas Michel Temer, político experimentado que é, apenas ocupou um espaço que esta vago neste governo, pois Dilma não tem essa habilidade e Lula sente que o momento não é propício para chamar a responsabilidade.

 As federações das indústrias dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro manifestaram apoio à proposta de união apresentada pelo vice-presidente.

A atitude do habilidoso Vice da Dilma acabou por abrir caminho para outra interpretação, a de que Temer estaria fazendo um jogo duplo, articulando em prol do governo e movimentando-se para mostrar ser alternativa confiável de solução num cenário de impedimento de Dilma.

Michel Temer repete o que fez, não com a mesma desenvoltura, Itamar Franco que era o vice de Fernando Collor 23 anos atrás. A saia justa levou Temer a explicar para a chefe a intenção de sua atitude e gerando rumores sobre sua saída do posto de articulador, o que foi classificado por ele como boatos infundados. 

Nem Temer, nem o PMDB enquadram o Presidente da Câmara, o que para muitos é estranho, mesmo sendo presidente do Legislativo brasileiro, Eduardo Cunha tem ficado à vontade para impor derrotas ao governo, ao PT e ao país, deixando claro que sua posição momentanea o faz maior que o maior partido do Brasil, fato que por si só é algo muitíssimo estranho. Cunha arrebenta com o PT e Dilma, enquanto Michel Temer aparece como o único capaz de apagar o incêndio com o Congresso e se transformar na opção viável para garantir a governabilidade do Brasil.

Um jogo de cena perfeito e enfim o PMDB chegaria ao Poder sozinho em 30 anos de redemocratização, período em que o partido sempre fez parte do governo dos outros, mandando sem ter autônomia. Pessoas próximas ao peemedebista procuram afastar a intepretação de que Temer estaria fazendo jogo duplo destacando para isso a sua lealdade.
Temer é visto como solução política em eventual saída de Dilma | Manchetes | Reuters


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Questão Brasil - 09/04/2019

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