Reinaldo

CPI da Petrobras poupa empresas; cúpula é financiada por empreiteiras

Levantamento da Folha de S.Paulo já mostrou que ao menos 12 dos 27 integrantes, incluindo o presidente Hugo Motta (PMDB-PB) e o relator Luiz Sérgio (PT-RJ), receberam doações, nas eleições passadas, de ao menos R$ 3 milhões de Braskem, Engevix, Queiroz Galvão, Odebrecht, UTC, OAS, Andrade Gutierrez, Carioca Engenharia e Toyo Setal.

As transferências foram registradas legalmente na Justiça Eleitoral e não há notícia de que estejam sob suspeita ou investigação, mas o PSOL havia pedido à CPI o afastamento de deputados que receberam essas doações, por entender que não teriam imparcialidade para conduzir a investigação. O pedido foi negado pela CPI.

A primeira sessão deliberativa da CPI da Petrobras, realizada nesta quinta-feira (5) com tumulto e bate-boca, aprovou a convocação do ex-gerente da estatal Pedro Barusco como o primeiro depoimento a ser tomado e poupou os empreiteiros acusados de envolvimento no esquema de desvio de recursos da estatal.
Não foi votado nenhum requerimento que pedia a convocação de empreiteiros para prestar esclarecimentos, nem requerimentos que pediam a quebra de sigilo dessas empresas, apontadas pelo Ministério Público Federal como integrantes de um cartel que pagava propina a agentes públicos para dividir entre si as obras da Petrobras.

"Foram aprovados depoimentos de ex-presidentes [da Petrobras], como José Sérgio Gabrielli, Graça Foster, os ex-diretores Paulo Roberto Costa e Renato Duque, o doleiro Alberto Youssef e o ex-gerente Pedro Barusco. Foram diversos requerimentos aprovados. Na minha avaliação um dia importante, começamos a CPI com o pé direito, produzindo, criando sub-relatorias e mostrando ao Brasil que queremos investigar", declarou o presidente da CPI, Hugo Motta.
CPI da Petrobras poupa empresas; cúpula é financiada por empreiteiras - Correio do Estado


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Questão Brasil - 09/04/2019

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