Reinaldo

Dilma e seu novo "melhor aliado": Esperança da oposição para incomodar o Planalto, Eduardo Cunha tem histórico de governista fiel

Eleito recentemente presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é apontado pela mídia como um Peemedebista que não se dobra aos caprichos do Planalto, ou em teses ainda mais espetaculosas que circulam por ai, dão conta que o parlamentar é um grande desafeto da Presidente Dilma. 

A vitória de Cunha foi vendida em manchetes com letras garrafais como sendo uma derrota histórica de Dilma Rousseff, o quê também pode ter seu fundo de verdade, mas não o peso que dão ao resultado.

Apesar do resultado aparentemente não ser o que o Governo queria, o próprio histórico do vencedor diz exatamente o contrário, a candidatura de Arlindo Chinaglia pode ter funcionado apenas para limitar as pretensões da oposição, uma vez que era melhor o PMDB no comando do que o PSB que tem uma inclinação mais para o lado da oposição.

Nem tudo é fantasia nos meandros do Congresso Nacional, algo tem sim ares de realidade, como a desastrosa tentativa de articulação dos ministros Pepe Vargas e Aloizio Mercadante que lhes renderam os singelos apelidos de "Pepe Legal" e "Freddie Mercury", que supostamente estariam trabalhando para impedir a eleição de Cunha. 

Pode até ser mesmo verdade, mas com o sentimento anti-PT crescendo dentro e fora do Congresso, para Dilma ficou muito melhor ter um Presidente de um partido aliado, do que ver o comando ir parar nas mãos da oposição.

Pode até não ter sido exposto na mídia, mas Eduardo Cunha sempre foi fiel na hora de votar, salvo as raríssimas exceções em que tomou rumos diferentes do pretendido pelo Palácio do Planalto.

Um jornal de Minas, O Tempo,  fez um levantamento de todas as votações de Eduardo Cunha ao longo do ano passado e o resultado é de deixar Aécio Neves preocupado. 

Membro do PMDB, partido da base, ele seguiu a orientação palaciana em 82,6% das vezes em que esteve presente, segundo O Tempo.

No ano passado, foram 57 votações em que houve posição do líder do governo, e Cunha esteve presente em 46 delas. Nessas, seguiu a posição governista em 38 ocasiões e contrariou o Planalto apenas oito vezes. 

É ou não é para deixar a oposição de cabelo em pé?

O PMDB ficaria com o comando da Câmara, como de fato ficou, mas o PT não ia assistir o surgimento de um candidato que não fosse da sua base de apoio, com chances reais de conseguir chegar à Presidência da casa, sem também ter um nome para brigar.

Dito e feito, venceu quem tinha que vencer, o tempo dirá se foi ou não ruim para o Governo e para Dilma Rousseff.
Apesar do barulho, Cunha foi um governista fiel em 2014 | JORNAL O TEMPO


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Questão Brasil - 09/04/2019

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