Reinaldo

Para Jean Azevedo, participar do Rally Dakar é teste diário de superação

Ele é o mais experiente dos cinco brasileiros que disputam a 37ª edição do Rally Dakar. Jean Azevedo está na Argentina para representar o país na categoria motos da principal competição off-road do planeta. Será a 17ª participação do paulista de 40 anos, natural de São José dos Campos. A movimentação das equipes para as verificações técnicas e administrativas começa nesta quinta-feira (1º), em Buenos Aires, local da largada e chegada da prova que vai até 17 de janeiro e passará também pela Bolívia e Chile.

Para a maioria das pessoas, o último dia de 2014 e o primeiro de 2015 são sinônimos de descanso e festa. Já para os pilotos do Dakar, o momento é de concentração e muito trabalho. “Vou comemorar a passagem do ano com a minha família, mas sem exagero, porque no dia seguinte já tem as primeiras atividades do rali”, comenta Jean, que é octocampeão brasileiro de Rally Cross Country e pentacampeão do Rally dos Sertões, a mais famosa prova disputada no Brasil.

Exigente, bastante focado e dono de um currículo invejável nas motocicletas, Jean ficou em quinto lugar na classificação geral das motos do Dakar em 2003, quando a prova ainda era realizada na África, e duas vezes em sétimo, em 2005 e 2011. Também venceu duas etapas, uma em 2005 e outra em 2007.

Para o Dakar 2015, Jean integra a Honda South America Rally Team, equipe formada por competidores do Brasil, Argentina e Chile. O piloto prevê uma prova bem difícil, com dias longos e intensos. “Participar de um rali é um teste diário de superação. Mesmo no Dacar há quase 20 anos, vejo em cada edição um desafio repleto de novidades. Desta vez, é o novo time. Estarei ao lado de mais quatro pilotos experientes. Acredito que podemos trazer um bom resultado, quem sabe um Top 10”, diz o brasileiro, companheiro de equipe do chileno Daniel Gouet e dos argentinos Javier Pizzolito, Pablo Rodriguez e Demián Guiral.

Para a sétima edição do Dakar na América do Sul, os competidores enfrentarão 13 etapas, com 9.295 km de percurso total para motos e quadriciclos, sendo 4.752 km de trechos cronometrados. Destaque para as temidas etapas maratonas, quando os pilotos não podem ter apoio mecânico das equipes e a parte da Bolívia, com Salar de Uyuni, o deserto de sal. “Fizemos os últimos ajustes e acertos na moto agora no final de dezembro. Trabalhei bem entrosado com o engenheiro da Team HRC [equipe de fábrica da Honda] para prepararmos da melhor forma o equipamento”, conta Jean, que utilizará a CRF 450 Rally, moto desenvolvida especificamente para competições de alto nível como o Dakar.

Além de Jean Azevedo, o Brasil conta com a participação nos carros da dupla Guilherme Spinelli e Youssef Haddad, da Equipe Mitsubishi Petrobras, e do estreante Du Sachs, como navegador do português Ricardo Leal. Também novato, André Suguita encara a prova nos quadriciclos.

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Questão Brasil - 09/04/2019

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