Reinaldo

Internada, Ilva Nino fala da luta contra um câncer no intestino

Estudo aponta que seis pessoas são mortas diariamente por policiais no Brasil - Jornal Opção



Passadas as eleições o Brasil vai voltando aos poucos a sua normalidade, e as tão propagadas mudanças reivindicadas nas jornadas de Junho de 2013, acabaram não saindo do papel mais uma vez. 
A população que foi as ruas no ano passado deve ser aquela parcela, pouco mais de 37 milhões de eleitores, que preferiu não votar em nenhum dos projetos apresentados, ou por descrença com o modelo político, ou porque entenderam que não votando estariam dando sequência as manifestações de 2013. 
Um engano redundante. 
 Aqueles que ontem pregavam a mudança, também eram os mais entusiasmados com a chegada do período eleitoral, pelo menos é o que notei nos ambientes em que eu convivo, todos à espera de um agrado que se denomina 'salário por um trabalho temporário', passa a ser a legalização da compra de apoio e consequentemente de votos nas barbas da Justiça Eleitoral. 
Exagero? 
De jeito nenhum, mas também não se trata de uma denúncia, e tão pouco acusação contra quem quer que seja da nossa política, já que as brechas criadas para burlar a legislação vigente são legais de acordo com a lei, e utilizadas por quase todos que almejam conquistar ou se manter no poder. 
É imoral, mas não tem nada de ilegal, uma vez que as regras estipuladas no código eleitoral são do conhecimento e estão ao alcance de todos. 
Há uma igualdade de pensamento quanto a isso, tanto por quem quer aproveitar o atalho, como para quem imagina ser possível combatê-lo, mas o abuso do poder econômico que é rechaçado com veemência pelos derrotados que quase sempre recebem o amparo do TRE, mas vem sendo utilizado a esmo por políticos abastados a cada pleito que acontece neste país. 
Aqueles que acreditam que possa um dia haver mudanças no nosso falido modelo de fazer política, precisam primeiro se conscientizar que mais do que mudar as leis é preciso mudar os nomes, que invariavelmente só defendem os interesses de determinados grupos, e as práticas viciadas do nosso sistema político. 
A reforma não pode ser apenas política, mas também de políticos, porque mesmo que um dia a população consiga mudar algo em termos de legislação, em pouquíssimo tempo os mesmos políticos tão acostumados com as regalias dariam um jeito de corromper o novo sistema para manter todas as benesses que um mandato eletivo lhe confere. 
Deixar de votar como forma de protesto é assinar o recibo da mais completa desinformação, que infelizmente acomete a muitos que se acham esclarecidos de tudo por que utilizam com frequência as redes sociais, o país poderia mudar de rumo ou não a partir de Janeiro de 2015 se os bem informados manifestantes tivessem colocado à sua vontade de mudança na urna ao invés de simplesmente não comparecer no dia da votação. 
Chorar pode, reclamar de tudo também, dizer que os governos são fantasiosos e inoperantes pode sim, mas manifestar o seu desejo de mudança não é mais recomendável, pelo menos com o mesmo estardalhaço que foi notado nas Jornadas de Junho, isso não é sensato, já que na hora de

comparecer diante da urna e provocar a mudança, os arruaceiros simplesmente não comparece para exercer o seu direito de dizer não. 

Comentários

Assuntos

Questão Brasil - 09/04/2019

Questão Brasil