
As prisões foram determinadas pela juíza da auditoria militar. Um dos PMs foi identificado como um dos responsáveis por um blog que tem publicado críticas ao GDF e à corporação.
A Corregedoria efetua as prisões seis dias após outros doze policiais serem detidos por envolvimento com a operação tartaruga. A PM informou que os policiais cometeram crime militar e devem permanecer encarcerados até decisão da Justiça.
A corporação não se pronunciou sobre o conteúdo divulgado nas redes sociais. Segundo a PM, a lei prevê que militares possam ser presos em caso de crítica e ofensas às guarnições.
As prisões desta quinta são diferentes das que ocorreram na semana passada. Os doze presos por participação na operação tartaruga estão respondendo a processos administrativos, que foram abertos na última sexta-feira (21).
Os processos podem originar de advertência até a expulsão da corporação, afirmou o corregedor-geral da PM, Civaldo Florêncio. Os policiais podem pegar até dois anos de prisão caso sejam condenados.
Nesta quarta (26), um grupo de PMs ocupou a entrada da Câmara dos Deputados em ato contra as prisões da última semana, contra a proposta de reajuste salarial do GDF e pela reestruturação de carreira da categoria.
A ocupação terminou cerca de uma hora depois , quando uma comissão de deputados distritais conversou com o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN). Durante a reunião, as distritais pediram para que o parlamentar entre em contato com o governo do DF para pedir que os policiais sejam soltos. A justificativa foi que as prisões são administrativas, sem decisão judicial.
Os policiais militares em protesto disseram que se acontecessem novas prisões eles iriam adotar a "operação legalidade" durante o Carnaval. A operação consiste em reduzir a atividade policial. Os PMs deixam, por exemplo, de auxiliar na investigação no período imediato à prática de um crime e trafegam com as viaturas apenas na velocidade da via.
Sobre a possibilidade de uma nova ação de menor atividade policial, a PM informou nesta quinta-feira que os comandados devem seguir a linha de serviço da corporação e que o não cumprimento pode gerar penalidades, como a prisão de envolvidos.
Reajuste
No último dia 18, uma assembleia marcada por oficiais, realizada no Clube de Oficiais da PM, decidiu aceitar a proposta de reajuste feita pelo governo do DF à categoria. Na manhã da mesma data, outra reunião em frente ao Palácio do Buriti havia rejeitado o plano de reajuste e reestruturação da categoria.
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