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Segundo o Estadão, dinheiro de amistosos da Seleção é desviado para empresa de presidente do Barcelona via @Reinaldo_Cruz #QuestãoBrasil

Sandro Rossel  foi dirigente da Nike e parceiro de Ricardo Terra Teixeira
Quase um terço do dinheiro pago por amistosos da Seleção Brasileira são desviados para uma empresa de Sandro Rossel, presidente do Barcelona. A informação é do repórter Jamil Chade, d’O Estado de S. Paulo, que teve acesso a documentos que expõem o direcionamento dos cachês desembolsados pelas seleções que desejam enfrentar o Brasil.
Em 2006, o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, repassou para a empresa ISE, com sede nas Ilhas Cayman, o direito de explorar os amistosos da mais famosa seleção do futebol mundial. Assim, o Brasil passou a enfrentar seleções como Gabão, Hong Kong, Estônia e Zimbábue cobrando pelo menos US$ 1 milhão por partida.
Um pré-contrato obtido pelo jornal brasileiro mostra que a ISE fechou um acordo com a Uptrend Development LLC para negociar 24 amistosos. A empresa tem sede em Nova Jersey, Estados Unidos, e teve Alexandre R. Feliu como responsável por assinar o documento. Este é o nome verdadeiro de Sandro Rosell, presidente do Barcelona.
Em média, dos US$ 1,6 milhão cobrados de cachê daqueles que queriam enfrentar a Seleção Brasileira, apenas US$ 1,1 milhão chegava para a CBF. Cerca de US$ 450 mil era depositado diretamente numa conta americana, da qual o dirigente espanhol é o responsável. Rossel já investigado no Brasil por superfaturamento de um amistoso realizado em 2008, contra Portugal, em Brasília.

Copiando o modelo argentino

O esquema de desvio de dinheiro por meio de partidas de seleções teria começado na Federação Argentina de Futebol, na época de Julio Grondona. Ricardo Teixeira teria copiado o modelo, tendo Sandro Rossel como parceiro para melhorar os ganhos da Confederação Brasileira de Futebol. A ISE obteve o direto de explorar os jogos do Brasil, garantindo rivais, estádios e condições necessários para a realização das partidas e ficando com receitas de bilheteria e de vendas de pacote de transmissão para outros países.
A comercialização de amistoso é uma das principais fontes de renda da CBF, e por consequência, das federações de futebol do país. Questionado sobre a situação, José Maria Marín, atual presidente da entidade, diz que não está a par dos pagamentos firmados na gestão anterior.
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Questão Brasil - 09/04/2019

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