Reinaldo

Romário muda de partido, dribla Eduardo Campos, Sérgio Cabral e mira vaga no Senado via @Reinaldo_Cruz #QuestãoBrasil

Romário anuncia troca de partido e mexe com as peças no tabuleiro da política nacional. Campos e Cabral perdem. 
Autor de gols antológicos, o craque-deputado Romário acaba de marcar um bem ao seu estilo bem no ângulo do governador Sergio Cabral. 

Mirando a única vaga em disputa para o Senado em 2014, o ex-jogador e deputado federal acaba de anunciar sua saída do PSB e entrada no PR e pode obrigar Cabral a rever seus planos para 2014.

A mudança inclui a garantia a Romário de concorrer a senador no próximo ano. Ganha com a jogada o ex-governador do Rio Anthony Garotinho que, em tese, traz para o seu time um forte puxador de votos em sua chapa majoritária no Estado. E, sem dúvida, perde Cabral. 

Ele, agora, tem um adversário de peso querendo a mesma única vaga para o Senado que o próprio Cabral sonhava obter, até com facilidade, no próximo ano.

Garotinho e sua esposa tem problemas na justiça e podem nem ser candidatos ao pleito do ano que vem, mas o ex-jogador esta decidido e é nome certo para a partida onde só um sairá vencedor.

No baile dado nas defesas inimigas, Romário também deixou em má situação o vice Luiz Fernando Pezão, cuja candidatura a governador perderia, com o recuo de Cabral frente ao novo candidato a senador, seu único padrinho.

Outro que pode sofrer as consequências do ato é o presidenciável Eduardo campos, já que o craque é atualmente do partido de campos e tido como puxador contumaz de votos e apoio em um dos maiores colégios eleitorais do país.

A troca de posição de Romário acontece num momento em que sua carreira política está em alta. Eleito deputado federal pelo PSB-RJ em 2010, com 146.859 mil votos, tornando-se o sexto mais votado do País, ele conseguiu se destacar positivamente no exercício do mandato até aqui. 

Se era polêmico como jogador, na qualidade de político o ex-jogador se especializou em ser direto e franco nos seus posicionamentos, adotando um discurso em tudo adequado aos tempos de transparência exigidos pelas manifestações de rua.

Além do verbo afiado, Romário, aos 47 anos de idade, é um jovem na política, o que dá a ele trânsito aberto nos setores mobilizados pelas marchas de protesto. Como novo quadro do PR, passa a estar num partido que é oposição ao governo do Rio, aproveitando todo o esvaziamento da imagem de Cabral nos últimos tempos. 

Na companhia de Garotinho, que lidera as pesquisas de intenção de voto, terá palanques em todo o interior do Rio, podendo acrescentar ao colega de palanque seu prestígios nos subúrbios da capital fluminense, onde foi buscar votos casa a casa. Forma-se, com Garotinho e Romário, uma chapa que se completa.

A busca de Romário por uma vaga de senador era tudo o que Sergio Cabral não precisava. Desde que as manifestações populares contra ele começaram, a partir de escândalos como a gangue dos Guardanapos, o estouro das contas na reforma do Maracanã e, ainda, o Voo das Babás, Cabral vive um inferno astral sem fim. 

A mudança de legenda de Romário o levou, aparentemente, a descer mais um degrau. Com um adversário forte, o governador, que já relutava em tentar o Senado, dadas todas as condições adversas, agora tem um elemento tão forte quanto os protestos de rua para fazê-lo desistir da ideia: um adversário acostumado a vencer. Este é Romário.
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Questão Brasil - 09/04/2019

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