Ex-jogador do Ribeirão Preto, o ala-pivô chegou à capital para defender o então Universo na temporada de 2005/2006 do Campeonato Brasileiro. Ganhou títulos, fez amigos. E foi dispensado inesperadamente. Cipriano negociou com Fluminense, Limeira e Palmeiras, mas fechou com o Goiânia para disputar a edição de 2013/2014 do Novo Basquete Brasil (NBB). Recém-mudado para Águas Claras — o condomínio na 112 Norte era muito caro —, o atleta não pretende nem alugar apartamento na capital goiana. Até porque Cipriano pensa, também, em espalhar o projeto Música Negra Brasileira (MNB) em várias cidades.
Na Praça Uirapuru, onde mora há menos de um mês, Cipriano ainda tenta usufruir as instalações do condomínio. A ida a Goiânia dividirá o jogador entre a capital goiana e Brasília. A família permanecerá em Águas Claras. O atleta se apresenta ao técnico João Marcelo Leite no fim do mês, mas fará esforço para não deixar a mulher, Eula, e a filha, Morena, solitárias. “Não firmarei residência lá. Não é o momento”, adianta. No novo time, Cipriano terá a companhia de Fábio, ex-ala do UniCeub/BRB.
Além da família e do trabalho, o ala-pivô terá um terceiro motivo para se dividir. Musicalmente ativo, o paulista pretende viajar pelo país com o projeto MNB — ele lançou um DVD em maio, o Estúdio ao vivo MNB. Na avaliação de Cipriano, há distorções sobre o estilo de vida de jogadores e de músicos, o que impede alguns críticos de aceitarem a harmonização. “As pessoas acham que o atleta não sai, não bebe, não fuma. E pensam que músicos são boêmios. Não estou falando que bebo ou fumo, até porque não gosto. A música abre a cabeça, e isso só me ajuda”, defende-se. Cipriano diz gostar de dormir tarde, mas, para ele, jamais foi problema. “Meu rendimento nunca caiu por conta disso”, continua.
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