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Tráfico pagou até R$ 2 milhões a policiais do Denarc via @Reinaldo_cruz #QuestãoBrasil

A Polícia Civil de São Paulo no olho do furacão: credibilidade em xeque
Nas mais de 400 páginas do documento, entregue pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), constam sequestros, tortura, ameaças de morte, invasões de domicílio e roubos (de dinheiro e drogas) supostamente cometidos pelos policiais para extorquir R$ 300 mil de um traficante de Campinas.

Sem saber que estava com o telefone celular (usado ilegalmente de dentro do presídio) grampeado, o sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, chefe do tráfico local, relata a um comparsa o prejuízo dos achaques ao traficante Agnaldo Aparecido da Silva Simão, o Codorna.

"Mão de Morsa (apelido usado por Andinho) diz que do final do ano para cá Mano Mais Novo (como ele chama o Codorna) já perdeu mais de R$ 2 milhões para os caras", registra transcrição de diálogo do dia 23 de abril.

Codorna, apontado como braço direito de Andinho no comando do tráfico na Favela São Fernando, acabou sequestrado, no dia 11 de abril, em casa. Segundo a investigação, os policiais levaram como reféns sua mulher, uma filha de 5 anos e a cunhada com a filha de 4 anos. Os agentes acusados atuavam na 3.ª Delegacia da Divisão Especial de Apoio, do Denarc, sob o comando do delegado Fábio do Amaral Alcântara, que também está preso temporariamente. O traficante e seus familiares foram soltos após o pagamento de um resgate de R$ 200 mil, que aconteceu no dia 12 de abril, em um posto de gasolina, na cidade de Valinhos. "Os policiais exigiram que eu arrumasse R$ 500 mil para libertar todo mundo", afirmou Codorna.
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Questão Brasil - 09/04/2019

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