Reinaldo

Passeata lembrou um ano do assassinato de cronista esportivo,em Goiás via @Reinaldo_Cruz

Maurício Sampaio é acusado de ser o mandante do crime em 2012
Valério Luiz foi executado com seis tiros, na tarde do dia 5 de julho, na porta da rádio onde trabalhava, no Setor Serrinha, região sul da capital. O crime que chocou a sociedade goianiense, de acordo com inquérito da Polícia Civil, está ligado às críticas que o comentarista fazia ao Atlético-GO.
Para acompanhar o caso, familiares e amigos do cronista criaram o Instituto Valério Luiz, organização que está à frente do ato desta sexta. A caminhada começou no coreto da Praça Cívica, e de lá, os ativistas seguirão em passeata até o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), no Setor Oeste.

"Essa luta não é mais só da família do Valério, esse foi um crime de opinião e um atentado à liberdade de expressão", disse o filho da vítima.
Para Valério Filho, a liberdade de imprensa não é respeitada em Goiás. "Não tenho dúvida que foi um recado para a imprensa inteira. Meu pai poderia ter sido assassinado em qualquer lugar, quando saía para andar de bicicleta, por exemplo, mas o crime aconteceu na porta da rádio", destaca.

"Se a gente não se organizasse, daqui um tempo ninguém poderia falar mais nada. Essa violência foi uma manifestação de poder. Quem fez aquilo fez acreditando na impunidade", acrescenta.

Apesar de estar focado no caso Valério, que deu origem a sua criação, o instituto pretende ampliar o leque de atuação. "Na manifestação, vamos colher depoimentos de outras famílias que tiveram uma história de violência parecida com a nossa", conta Valério Filho. Segundo ele, a ideia é dar publicidade e até consultoria jurídica para os casos apresentados.

O inquérito aponta como mandante o empresário e ex-dirigente do clube, Maurício Sampaio. Dos cinco acusados de participação no assassinato, quatro aguardam o julgamento em liberdade.
Cartorário e ex-dirigente do Atlético Clube Goianiense, Maurício Sampaio alega não ter motivos para cometer o crime. Ao deixar a prisão pela primeira vez, no dia 28 de fevereiro, o tabelião falou à imprensa: "Deus sabe que sou inocente".

A defesa desqualifica o inquérito policial. Em entrevistas concedidas à imprensa ao longo dos últimos meses, os advogados do empresário apontam que a Polícia Civil nunca teve outra linha de apuração. "A investigação inverteu a lógica natural. Partiu do suposto culpado para depois chegar aos fatos", reclamou na época o defensor Ney Moura Teles.

Veja o vídeo: JA 1ª Edição - Passeata lembra um ano do assassinato de cronista esportivo,em Goiás | globo.tv

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Questão Brasil - 09/04/2019

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