Reinaldo

Delação de Ricardo Pessoa fez estragos no PT e Fernando Baiano pode colocar Pemedebistas na berlinda da Lava Jato

A
delação do homem bomba enfim será do conhecimento de todos, dizem por ai que
Ricardo Pessoa pode comprometer e muito os integrantes dos governos do PT, mas
não é descartável que ele também possa arrastar para o olho do furacão algum
Tucano de alta plumagem. Com a abertura do sigilo por parte do Juiz Sérgio
Moro, o mundo saberá o quanto pode ser bélico o conteúdo das delações de
Pessoa.

O que
nos chama a atenção nesta semana é que vários eventos com relação a Lava Jato
resolveram acontecer simultaneamente não por acaso. Declarações de Michel
Temer, Grupo pró-impeachment, Delação de Fernando Baiano, PF pedindo
autorização para interrogar Lula... Só faltou aparecer uma carta de renúncia
atribuída a Dilma Rousseff.

A
Justiça Federal, em Curitiba, levantou o sigilo nesta sexta-feira, de pelo
menos onze depoimentos da delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa,
assinada com a Procuradoria-Geral da República. Nos termos, o empreiteiro
confessou repasses de propina do esquema de corrupção que operou na Petrobras
entre 2004 e 2014 para o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu (governo
Lula) e para o PT, via ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, por meio de
"doações declaradas e não-declaradas".
                                   
O
conteúdo desses termos ainda não foi anexado aos autos, mas eles estão
descritos pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação
Lava-Jato, em Curitiba, nas decisões de levantamento de sigilo.

Neles,
Pessoa trata ainda das propinas para os ex-deputados Luiz Argolo (ex-PP e
afastado do Solidariedade/BA) e Aline Corrêa (PP/SP), com recursos da Diretoria
de Abastecimento da Petrobras. O empreiteiro fala, ainda, sobre as operações de
propina envolvendo a Diretoria de Serviços - cota do PT no esquema alvo da Lava
Jato - com os lobistas Adir Assad e Mário Góes.

Em
dois dos depoimentos de delação que serão tornados públicos, o dono da UTC
aponta ainda a formação e a atuação do cartel de empreiteiras que fatiava obras
da Petrobras, pagando propinas sobre valores pagos em consórcios formados nas
obras do Comperj, no Rio, e na Refinaria Repar, no Paraná.



Um
deles, envolvendo a Odebrecht, que nega envolvimento no esquema da estatal
petrolífera.
Lula nega ter sido convocado pela PF para depor na Lava Jato - Bem Paraná

Comentários

Assuntos

Questão Brasil - 09/04/2019

Questão Brasil